09 novembro 2008

Crises & Ações.


Muito se tem lido a respeito de recomendações para as empresas diante dos impactos da crise financeira internacional, que ainda não está clara sua verdadeira extensão.

Sabe-se que a crise é democrática, pois atinge empresas nacionais ou multinacionais, públicas ou privadas, pequenas ou grandes, e os possíveis avisos prévios não foram suficientemente entendidos por todos. Gerenciar crise é complexo e significa enfrentar ameaças corporativas, reconhecer seu potencial de agravamento e de se ter um plano de ação para evitá-las ou mitigá-las de forma rápida e eficaz. Algumas empresas foram impactadas com muita intensidade. Por conta disso, estão comunicando ao mercado algumas providências no sentido de se adequar a uma nova realidade.

De modo geral tem se destacado medidas de cortes de despesas que vão desde suspensão dos contratos com terceirizados, demissões de pessoal, pressão para que os fornecedores concedam descontos em seus preços mediante concessão de percentual de redução, reescalonamento de endividamento, etc.

E nestas horas a comunicação tem sido reforçada como forma de demonstrar junto ao público credibilidade da empresa na gestão de enfrentamento. Algumas têm divulgado ações pontuais. Outras, verdadeiros manuais, segregando por conjunto de ações consoante grau de entendimento para o público interno/externo e dimensão da urgência e gravidade.

Quando são voltadas aos colaboradores, as medidas trazem como conseqüência a suspensão de: contratação de consultoria externa e de pessoas externas; movimentações ou recrutamento interno; promoções; novas transferências entre unidades; "zerar" banco de horas; cancelamento de programas de estagiários.

Já em relação à área de informática, as providências incluem: suspensão da aquisição de novos hardwares, softwares; suspensão das ações de melhoria de TI; redução de custos comunicação – telefonia, impressão, etc.

Quanto à área de comunicação e marketing, as medidas envolvem a suspensão: de eventos como convenções e confraternizações; de treinamentos externos, participações em congressos, simpósios e outros, que demandem custos; confecção de brindes, de novas ações de marketing ou comunicação; de reformas de layout e de qualquer tipo de doação ou patrocínio.

Internamente, por sua vez, as medidas têm mais repercussão quanto ao “clima” de austeridade do que aos ganhos financeiros propriamente ditos. Nesse grupo se incluem a redução de despesas de viagem, desde a utilização de táxi até as passagens áreas; redução de eventos externos como reuniões, workshops que representem custos de hotelaria e viagens, etc.

Por fim, algumas empresas além de tomar várias das providências acima têm aproveitado e vendido parcela significativa de seu controle acionário. Quando não todo.

É bom lembrar Winston Churchill “Um pessimista vê uma calamidade em cada oportunidade; um otimista vê uma oportunidade em cada calamidade”


09 novembro 2008



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