27 junho 2011

Fusão e aquisição: com processos formais, é possível para todos

No último dia do IT Business Forum 2011, Sergio Farache, vice-presidente e gerente-geral da Avnet para a América Latina, detalhou os processos que a empresa utiliza para sua estratégia de crescimento via aquisições. Somente entre 2008 e 2011, foram 11 compras de empresas.

Farache foi o líder do intercâmbio de ideias cujo tema é “Crescimento Orgânico e Inorgânico”. E falou a uma plateia essencialmente de canais de vendas, que, em sua maioria, já foram abordados por empresas interessadas em adquiri-las.

“A Avnet tem um processo formal de aquisições. Consideramos alguns critérios como desenvolvimento de pessoas, criação de valor e culturas semelhantes”, apontou Farache, reforçando que o crescimento orgânico da operação “é quem financia o crescimento inorgânico.”

Antes de adquirir uma empresa é preciso corresponder a estas premissas:

-Processo disciplinado de busca
-Proprietários definidos
-Metodologia de avaliação
-Carta de intenção
-Plano de integração
-Due dilligence
-Documentações regulatórias/contrato
-Plano de integração final
-Execução


Cultura é tudo
Segundo o VP da Avnet, a maioria dos executivos de alto escalão da distribuidora são profissionais advindos de aquisições da empresa, assim como ele próprio, que era CEO da Tallard, adquirida no ano passado pela Avnet. “Se você não acredita que há valores a serem mantidos em suas aquisições, então não compre empresas. Você vai matar os valores que comprou”, sentenciou, em defesa da visão da empresa de manter os ativos absorvidos.

Discussão
Rodrigo Castro, da Abyz, questionou, na discussão, se é normal a empresa passar por um “degrau de resultados”, em momentos de aquisição. Para Farache, o cenário não é normal, mas não deveria ser. “Em casos em que faltam componentes de avaliação, um a dois trimestres são aceitáveis”, disse o VP.

Paulo Badin, da SPE Data, do Rio de Janeiro, comentou que sua empresa tem investido na compra de outras companhias, com o objetivo de expandir o portfólio, sem perder o foco de atuação de cada empresa. Como tendência, ele aponta que empresas de São Paulo têm procurado a SPE, a fim de uma base carioca, com a ajuda da empresa.

Com visão menos otimista, Saul Blank, da Innovative Management Consulting opina: “Eu acho que nesta seara existe mais barulho do que ação. Já fomos sondadas por mais de seis empresas interessadas em nos adquirir, mas, na hora H, a empresa adquirente quer trocar ações, em vez de pagar em dinheiro.”

Fonte:itweb 24/06/2011

27 junho 2011



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