23 dezembro 2011

Movimento mundial de fusões e aquisições despenca no 4º trimestre

Volume de transações caiu 32% com o acirramento da crise mundial, totalizando US$ 375,3 bilhões, segundo o jornal Financial Times
Crise na Europa afeta movimento de fusões e aquisições

O movimento mundial de fusões e aquisições despencou no quarto trimestre com o acirramento da crise da dívida soberana dos países europeus e a volatilidade nos mercados financeiros.

Muitas transações envolvendo participações acionárias foram suspensas, o que fez com que a remuneração recebida pelos bancos de investimento, que assessoram operações de fusões e aquisições, caísse na Europa para os mais baixos níveis em mais de uma década, segundo o jornal Financial Times.

O volume de transações foi 32% menor no quarto trimestre em relação aos três meses anteriores, totalizando US$ 375,3 bilhões. Apenas na Europa, a queda foi de 41%, segundo o jornal financeiro.

A retração no número de fusões e aquisições e o retrocesso na emissão de ações em meio às turbulências nos mercados de capitais contribuíram para uma queda de 8% nas taxas recebidas pelos bancos de investimentos, que atingiram US$ 72,6 bilhões em 2011.

Na Europa, os bancos embolsaram apenas US$ 2,57 bilhões no quarto trimestre, o pior volume desde o início da série histórica formulada pela Thomson Reuters, que começou a ser feita no ano 2000.

A emissão de ações caiu 27% em 2011. No mercado de dívidas, as companhias com as notas máximas de classificação de risco continuaram se financiando a taxas mais favoráveis, mas o apetite dos investidores por títulos de maior risco ziguezagueou ao longo do ano.

“Haverá grandes oportunidades no setor público para aquisição de ativos controlados por estatais, e as companhias precisarão emitir ações para propósitos defensivos”, afirmou Manuel Falco, executivo do Citigroup na Europa.

Ao longo de 2011, o volume de transações nos mercados emergentes caiu cerca de 10%, depois de uma farta temporada em 2010. Mas Simon Warshaw, do UBS, afirma que o movimento de fusões e aquisições entre o mundo desenvolvido e emergente está só começando. “Nós estamos e continuaremos vendo um interesse da Ásia por vários setores, especialmente por commodities e propriedade intelectual”, afirma.
Fonte:iG23/12/2011

23 dezembro 2011



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