28 março 2012

M. Stanley investirá em 'private equity' no país

O Morgan Stanley fechou uma parceria com a gestora brasileira OSF Merchant Banking para investimentos na compra de participações em empresas ("private equity") no país. O acordo prevê que a OSF identificará oportunidades no mercado brasileiro e realizará coinvestimentos com o banco.

Os aportes serão realizados pelo fundo global do banco, que conta com US$ 1,5 bilhão, mas não existe uma meta de investimentos para o país. O foco será em empresas de médio porte e com potencial de crescimento.

A parceira brasileira do Morgan Stanley é formada por executivos experientes como Thomas Jetter, ex-sócio da Permira, uma das maiores firmas de private equity europeias. Hans Apostel, um dos sócios fundadores da OSF, foi um dos pioneiros na compra de participações em empresas no Brasil.

O executivo alemão, que chegou ao país nos anos 1970, atuou na compra de subsidiárias de empresas que deixaram o país no início do governo Collor, entre elas a Mallory, controlada na época pela Black & Decker. Anos depois, com a volta dos investimentos estrangeiros a partir do Plano Real, Apostel se desfez das participações.

Depois de passar a maior parte da década passada fazendo negócios na Europa, ele decidiu voltar ao país em meio ao grande interesse das gestoras de private equity nos mercados emergentes. "Após a crise, ficou inviável trabalhar com aquisições alavancadas, principal forma de atuação dos fundos no exterior", afirma.

Apostel está ciente de que não encontrará as mesmas oportunidades que teve no país na década de 1990. "Não esperamos comprar barato, mas alguns dos negócios realizados pelos fundos foram fechados a múltiplos altos demais", avalia. Com margem pequena para uma arbitragem de preços, a OSF espera obter resultados do "suor", ou seja, da melhora administrativa das empresas nas quais investirá. O executivo espera anunciar o primeiro negócio com o Morgan Stanley "nos próximos meses".

A área de private equity do banco americano já realizou um total de US$ 8 bilhões em investimentos em todo o mundo. Nos países emergentes, possui uma forte presença na Ásia, onde aplicou quase US$ 2,5 bilhões, mas vem ampliando as fronteiras de atuação. Recentemente, a instituição fechou um acordo semelhante com a OSF no México, voltado especificamente para a área de energia. Por Vinícius Pinheiro
Fonte:Valor28/03/2012

28 março 2012



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