26 junho 2013

BHG vai acelerar expansão com compras


A BHG - Brazil Hospitality Group, terceira maior rede hoteleira do país, prepara-se para aumentar em 20% o número de quartos adicionados em sua rede, a cada 12 meses, com aquisições. O presidente da companhia, Peter van Voorst Vader, quer usar mais de R$ 300 milhões para elevar a oferta em 1,8 mil quartos em vez da atual taxa de aumento, que é da ordem de 1,5 mil unidades agregadas em 12 meses.

O executivo diz que essa estratégia independe da conjuntura hoje de incertezas provocadas pela recente volatilidade do dólar, que se apreciou 13% ante o real desde maio. "Quero anunciar uma aquisição antes da publicação do balanço trimestral", disse, referindo-se à divulgação de resultados, em 13 de agosto.

 "O câmbio tem impactos que se anulam no nosso negócio, embora volatilidade não seja boa para ninguém", diz o presidente da empresa, cuja principal bandeira é a Golden Tulip. A rede é formada por 49 hotéis - 16 próprios, 26 de terceiros, sete de participação mista e três em fatia minoritária.

 A BHG tem hoje 20 projetos em desenvolvimento, que elevarão a capacidade de oferta dos atuais 8.691 quartos para 13.077 unidades até o fim de 2015. "Esse cenário não inclui as aquisições que vamos fechar neste ano", afirma Vader. Ele conta que a empresa tem caixa hoje, demandando contratos de aquisição.

 O grupo captou R$ 328 milhões em uma oferta pública adicional de ações, no dia 18 de abril. Cada papel saiu a R$ 17,50, acima da cotação de fechamento nesta segunda-feira, de R$ 15,65.

 Cerca de dois-terços desse montante foram alocados por estrangeiros, o que é apontado pelo executivo como sinal de confiança no setor hoteleiro do Brasil. "O câmbio desestimula o turismo internacional para o brasileiro e torna mais barato para o estrangeiro a vinda ao Brasil", afirma. "O dólar valorizado também estimula a indústria exportadora e favorece retomada da demanda em cidades com fábricas".

Na lista de 20 hotéis em desenvolvimento, a BHG tem 13 unidades que não estão em capitais, mas em zonas urbanas sedes de indústrias manufatureira ou extrativista, como São José dos Campos (SP), Itaguaí (RJ) e Marabá (PA).

 No balanço do primeiro trimestre, o BGH elevou em 35,5% a margem das receitas antes de juros, impostos e depreciação (margem Ebitda) para R$ 20,8 milhões. "Queremos virar líderes em receitas no setor de hotelaria", diz Vader para explicar que esse processo exige um ritmo de aquisições mais rápido.

O grupo quer usar 80% dos recursos captados na oferta feita em abril em oportunidades de aquisições e fusões. Desde 2010, foram oito compras que somaram perto de R$ 400 milhões.

 Além dos recursos gerados pela oferta de ações, o BHG conta com o Fundo de Investimento em Participações (FIP), que levantou inicialmente R$ 150 milhões. Para esse capital, a taxa de retorno prometida aos cotistas é de 13% ao ano mais variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

 O executivo não lista quais cidades estão no radar das aquisições que vai fazer, mas dá dicas ao citar preocupação com mercados em que ele enxerga excesso de oferta após o choque de oferta recente. "Porto Alegre, por exemplo, aumentou em 30% a oferta. Tem outras cidades que deram um choque de oferta que vai exigir mais tempo para que a demanda se equilibre, especialmente se a economia continuar assim por mais tempo".

 O presidente da BHG afirma que se a economia crescer entre 1% e 2% ao ano até 2015, a demanda tende a permanecer estável; com um Produto Interno Bruto (PIB) abaixo desse patamar, há risco de retração. "Mas temos um cenário em que a economia volta a se recuperar neste segundo semestre".

Segundo estudo realizado pela consultoria Hotel Invest, pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) e pelo Senac-SP, focado nas 12 cidades-sede que vão receber a Copa do Mundo FIFA de Futebol em 2014, o setor hoteleiro vai elevar a oferta em 24,2% até 2015, mas a demanda vai crescer 15,7%. Nesse universo, o aproveitamento de unidades - e consequentemente as margens de retorno dos empreendimentos - terá respostas diferentes.

 Enquanto no setor hoteleiro fluminense, por exemplo, a taxa de ocupação será da ordem de 88% na categoria econômica, no mesmo horizonte, daqui a dois anos, as taxas de ocupação média nesse segmento serão de 53% em Porto Alegre, 48% em Belo Horizonte e 81% em São Paulo. Valor Econômico -
Fonte: clippingmp 26/06/2013

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A BHG em seu site disponibiliza Apresentacão Institucional - Junho 2013. Abaixo alguns slides extraídos do mencionado documento.













26 junho 2013



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