21 maio 2014

IPO: veja os mitos que envolvem a estreia de empresas na Bolsa

Alguns IPOs (ofertas públicas iniciais, na sigla em inglês) chamam muito a atenção do mercado e despertam o interesse de vários tipos de investidores. No entanto, existem alguns mitos que envolvem a compra ações em uma oferta inicial, que são listados pelo colunista Brian Hamilton, do site Business Insider. Confira alguns deles:


1º Mito – Investir em um IPO faz você  "crescer junto com a empresa"
Muitas pessoas acreditam que entrar em um IPO é uma chance de "começar com a empresa do chão". Na realidade, segundo o colunista, o investidor já está começando em algum lugar - "É algo como o quinto andar", diz.

Isso porque, antes daquela companhia abrir seu capital na Bolsa, já aconteceram, provavelmente, três ou quatro rodadas de investimento privado e o preço de cada ação vai subindo rodada a rodada. Dessa forma, no IPO, esses investidores iniciais podem realizar seus lucros, vendendo suas participações na empresa.

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Desta forma, é possível que, no IPO, o pequeno investidor tenha chegado tarde demais. No caso de companhias fracas, é possível que o mercado jogue os preços para baixo e quem investiu perca muito dinheiro em pouco tempo.

2º Mito: Empresas que fazem IPOs superam seus pares
Segundo Hamilton, um dos argumentos para os entusiastas de IPOs é afirmar que eles oferecem algo novo, fresco e de alguma forma melhor do que o que há no mercado. Infelizmente, os fatos dizem outra coisa. Dados recentes da Universidade da Flórida mostram que os IPOs realizados nos EUA de 1970 a 2011 se saíram piores do que outras empresas do mesmo tamanho em uma média de 3% nos cinco primeiros anos.

Entre 2000 e 2011 essa diferença é de 1,8%. No entanto ela é muito maior no início: no primeiro e no segundo ano a diferença é de, respectivamente 18% e 6,3% para baixo.

3º Mito: Se uma companhia se torna pública, ela deve ser financeiramente forte
O colunista aponta que a bolsa americana está cheia de companhias que se tornaram públicas quando não deveriam. As empresas abrem seu capital por diversas razões - e um bom resultado financeiro nem sempre é uma delas, explica Hamilton.

Ele cita como exemplo a Pets.com, que apesar de vários alertas, decidiu continuar com seu IPO em 2000. A empresa só tinha disponíveis dados financeiros de três trimestres para mostrar para investidores em potencial, e que ainda eram ruins. No final do ano a companhia quebrou.

4º Mito: Os IPOs possuem sempre alto risco para altos rendimentos
O colunista ressalta que nem todo IPO é ruim. O risco está em assumir simplesmente que IPOs são por si só boas oportunidades de investimento. Alguns são mais arriscados que outros e alguns têm mais potenciais chances de ganhos que outros.

Apenas empolgação não faz necessariamente uma boa oportunidade de investimento. Se as ações subirem e a linha de IPOs se alongar, estarão disponíveis diversas oportunidades para os investidores, encerra Brian Hamilton. Infomoney  Leia mais em Uol 21/05/2014

21 maio 2014



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