28 dezembro 2015

Revista RI: Brasil está barato, mas negócios esbarram na incerteza

O valor de mercado das companhias abertas listadas na BM&FBovespa em dólar caiu 40% nos 11 primeiros meses do ano, de US$ 844,5 bilhões para US$ 554,5 bilhões. Tal movimento deveria provocar uma onda de fusões e aquisições e operações no mercado de capitais. Porém, as incertezas sobre como e quando a crise política e econômico do país se resolverá impedem que isso ocorra.

Segundo reportagem da Revista RI de dezembro, entre fevereiro e outubro, houve 618 operações de fusões e aquisições (M&A) no país, a menor marca dos últimos quatro anos e bem menos que as 717 de 2014. Rodolfo Gollo, sócio da PWC e especialista em fusões e aquisições, afirma que preço não é o único fator observado por estrangeiros antes de comprar uma empresa. Segundo ele, ganhar mercado no Brasil com tantas incertezas quanto a crescimento e emprego tira o sentido em se realizar tais transações.

Enquanto os políticos continuarem impactando o cenário econômico, dizer que o Brasil está barato é um cálculo relativo, afirma José Cláudio Securato, presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef). O investidor tem que ver valor no negócio quando entra, mas também quando sai, e nesse momento a variação cambial é um risco muito alto.

Já Rodolfo Gollo acredita que o potencial geral de fusões e aquisições em 2016 é positivo. Muitos setores ainda são dominados por empresas pequenas que devem passar por uma consolidação. Além disso, o vendedor vai procurar outra atividade para aplicar seus recursos, o que deve movimentar outros setores. Angelo Pavini | Leia mais em Arena do Pavini 18/12/2015

28 dezembro 2015



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