30 junho 2016

Mercado de fusões e aquisições deve aumentar 33%, aponta estudo da Grant Thornton

Esta é a expectativa do empresariado global para os próximos três anos, mostra estudo da Grant Thornton.

Em 2015, o setor de fusões e aquisições gerou US$3.8 trilhões globalmente. E a expectativa do empresariado global é que essa performance aumente em até 33% nos próximos três anos. Os números são da pesquisa global International Business Report (IBR)– A seller´s market is set to continue after a big year for M&A, realizada pela consultoria e auditoria Grant Thornton. A amostra envolve líderes empresariais de 36 países que abriram suas expectativas para o setor dentro de um futuro próximo. Embora o cenário global seja animador, cada região apresenta características próprias e há nuances menos otimistas, de acordo com a situação da macroeconomia de cada nação.

Na América Latina, os números são os menos promissores: queda de 16%, o que era de se esperar devido à desvalorização da moeda, o baixo crédito e a falta de financiamento, como detalha o estudo. Por outro lado, a América do Norte aparenta entusiasmo, e mais de 48% dos empresários locais, participantes da pesquisa pretendem alimentar o crescimento das empresas por meio de compras. O índice também é satisfatório nas nações da União Europeia (36%). Os números correspondem à força da recuperação econômica de países desenvolvidos.

Abordagem estratégica —A principal razão para futuras aquisições é a conquista de novos mercados geográficos (60,3%), o que explica o aumento no número de negociações transfronteiras. Além disso, o estudo aponta outros motivos para as transações: criar escala (53,8%), adotar estratégia defensiva (18,6%), adquirir novas tecnologias ou marcas já consolidadas (36,1%), acessar operações de baixo custo (29,7%) e obter novos talentos e habilidades (43,4%).

O mercado brasileiro de M&A —Apesar do aumento de fontes de financiamento mais baratas e da crescente propensão a aquisições, em algumas regiões, a confiança para vender caiu ip 5%, globalmente. É o caso do Brasil, onde as atividades em 2015 se mostraram mais tímidas do que as relatadas em 2014, mas com boas perspectivas para o futuro.

“O Brasil passa por um momento de transição, com a possibilidade da melhora da previsibilidade do cenário político, uma agenda econômica menos intervencionista e uma sinalização real em busca do ajuste fiscal. O mercado de fusões e aquisições voltará a aquecer em 2017, e deverá ser puxado principalmente pelo interesse de aquisições de investidores estrangeiros em empresas brasileiras que pode levar a um novo ciclo de M&A’s”, pontua Paulo Funchal, líder da área de Transações da Grant Thornton Brasil.

Outros países que também mostram uma baixa expectativa para o futuro próximo são Índia (7%) e China (12%).

“Empresas devem considerar a aquisição como rota de acesso a novos mercados, absorção de novos talentos e habilidades e ganho de escala para crescer. Mas tais oportunidades precisam estar alinhadas aos objetivos estratégicos de médio e longo prazo, e não devem ter como objetivo um rápido retorno financeiro no curto prazo. Em uma operação de M&A internacional, é crucial a identificação de convergência cultural mínima para que o M&A tenha maior probabilidade de sucesso”, afirma Funchal.

IBR —O International Business Report da Grant Thornton (IBR) é uma pesquisa realizada há 22 anos que tem como objetivo fornecer informações sobre as opiniões e expectativas de mais de 10 mil empresas de 36 economias. São entrevistados CEOs, diretores, presidentes e outros executivos seniores, levando em conta os cargos mais relevantes para cada país.

Grant Thornton Brasil — A Grant Thornton é quinta maior empresa do ramo de auditoria, consultoria e outsourcing no Brasil. Firma-membro da Grant Thornton International no País, a empresa conta com uma equipe de especialistas, que possui muita experiência no mercado. A Grant Thornton Brasil trabalha com as mais modernas metodologias, utilizando ferramentas desenvolvidas pela organização globalmente. Leia mais em revistafatorbrasil 30/06/2016

30 junho 2016



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