11 agosto 2017

Após aquisição da Pelissari, Cast se prepara para dobrar de tamanho até 2021

Meta da empresa é atingir faturamento de R$ 1 bilhão até 2021, com vistas à abertura de capital e à internacionalização das operações

Com a meta de dobrar de tamanho e atingir um faturamento de R$ 1 bilhão até 2021, com vistas à abertura de capital, a Cast group, empresa brasileira de consultoria de TI e outsourcing de desenvolvimento, iniciou há quatro anos uma estratégia de aquisições para complementar seu portfólio.

Desde então, a companhia comprou cinco empresas. Além da Meta, SUM, PowerLogic, as três primeiras empresas adquiridas pela Cast, nos últimos seis meses, o grupo arrematou também a HRDevelopers, desenvolvedora de software para gestão do capital humano (HCM), e a Logix, de Belo Horizonte, que atua na área de robótica e mantém uma fábrica em Sete Lagoas, no interior de Minas Gerais.

A cartada mais recente da empresa, finalizada no dia 1º deste mês, foi a compra da Pelissari Gestão e Tecnologia, especializada em serviços profissionais de consultoria em gestão empresarial, com sede em Curitiba, e faturamento anual de R$ 80 milhões. Para este semestre, ainda está prevista mais uma aquisição, o que totalizará um investimento de R$ 50 milhões.

“Mas até 2021, outros R$ 50 milhões deverão ser investidos em mais aquisições”, adianta Alberto Freitas, diretor de fusões e aquisições da Cast group. Ele adianta que já no primeiro semestre de 2018, mais duas empresas, nas áreas de segurança e computação em nuvem, deverão ser adquiridas.

Além da abertura de capital e consequente internacionalização das operações, o objetivo principal da empresa com as aquisições é ganhar musculatura e erguer um portfólio completo para atuar como uma one-stop shop (onde o cliente pode obter tudo o que precisa), fornecendo toda uma gama de soluções de infraestrutura, que inclui desde sistema de gestão (ERP), business intelligence (BI), gerenciamento de conteúdo empresarial (ECM), recursos humanos, CRM até Indústria 4.0, IoT, etc.

A expansão do portfólio visa também ampliar a presença da Cast no setor privado. Atualmente, com uma carteira de cerca de 200 clientes, 70% dos quais da área pública, a ideia é aumentar a presença da companhia em grandes projetos no setor privado. “Nossa meta, antes do fim deste ano, é alcançar um patamar de 60% de clientes da área pública e pelo menos 40%, no segmento privado”, diz Freitas.

Hoje, a carteira da Cast está concentrada especialmente nas áreas de finanças, indústrias e serviços, na qual figuram empresas como Banco do Brasil, Cielo, Codesp, Datasus, Cervejaria Petrópolis, Atento, Libbs, Usiminas, Colgate Palmolive, Lojas Marisa, SUEZ, Farmoquímica, EMS, Votorantim, DrogaRaia e Proderj.

No médio prazo, o objetivo é alcançar um equilíbrio entre as duas carteiras, conforme adianta José Calazans, presidente da Cast group. E a Pelissari, segundo ele, terá um papel fundamental nessa busca. “A Pelissari é uma das implementadoras de soluções SAP líderes na região sul do país, e a sua chega ao grupo contribuirá para que atinjamos essa meta”, afirma.

A Pelissari atua como uma integradora de sistemas com foco na indústria 4.0, e na criação de uma comunidade de serviços compartilhados que inclui serviços fiscais, otimização de processos e compartilhamento de recursos entre clientes em grandes Centros de Serviços Compartilhados (CSC) do Brasil.

Com as aquisições, a Cast, que atualmente conta com 400 profissionais, distribuídos em equipes de consultoria locais em Curitiba, Joinville, Caxias do Sul e Bauru, no interior de São Paulo, deve saltar para aproximadamente 2,5 mil funcionários.

“Estamos nos preparando para um crescimento mais forte e robusto para atingirmos nossa meta de faturamento de R$ 1 bilhão até 2021”, diz Calazans, acrescentando que a expectativa é finalizar este ano já com um faturamento de R$ 500 milhões. O executivo enfatiza, porém, que a abertura de capital e o ataque ao mercado internacional será uma consequência desse planejamento. “Mas não vamos fazer nada de maneira afoita; tudo será conduzido de forma gradual e bastante segura”, finaliza. Erivelto Tadeu Leia mais em computerworld 10/08/2017

11 agosto 2017



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