20 setembro 2017

Bayer deve concluir compra da Monsanto em janeiro

Empresa pediu à Comissão Europeia o prolongamento do prazo de revisão do acordo, inicialmente previsto para dezembro

A Bayer pediu na segunda-feira (18/9) à Comissão Europeia o prolongamento do pedido de revisão do acordo para a conclusão da compra da Monsanto. Agora, o negócio que vai criar a maior empresa da área agrícola do mundo deve ser concluído em 22 de janeiro. Inicialmente a conclusão estava prevista para dezembro deste ano. O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira (19/8) pelo presidente da Divisão de Ciências Agrícolas da Bayer, Liam Condon, na sede da empresa na cidade de Monheim, na Alemanha.

"Estamos em plena fase de aquisição. Não é aqui que vamos discutir a estratégia da nova empresa, mas já podemos falar que queremos ser motores de inovação em benefício do consumidor", disse.

Condon falou durante a abertura do congresso mundial da Bayer, que discute inovação para uma agricultura sustentável. Segundo o executivo, o objetivo da nova companhia será criar um líder em agricultura sustentável ao mesmo tempo em que trabalhará para moldar o futuro da produção. A Bayer tem consciência de que as críticas que hoje pesam sobre a companhia pesarão ainda mais, disse Condon.

"Temos que ser honestos. Antes queríamos ser a salvação da agricultura e da alimentação no mundo. Sabemos quais são os desafios da produção e sem entusiasmo não vamos conseguir superá-los", discursou.

Entre esses desafios, está a indisponibilidade de novas áreas para produção. "Para produzir mais com menos vamos precisar de mais inovação na agricultora. Queremos atender todas as necessidade dos nossos clientes de forma individual, oferecer soluções para os grandes produtores e também para os pequenos".

Durante sua apresentação, Condon mostrou uma pesquisa feita com pesquisadores e intelectuais de todo o mundo -- entre os quais muitos ganhadores do prêmio Nobel -- sobre as principais preocupações para o futuro em todas as áreas.

Segundo a pesquisa, 34% se preocupam com o crescimento da população e com a degradação ambiental. Em segundo lugar ficou a guerra nuclear (23%) e em terceiro doenças infecciosas e resistência de doenças a drogas (8%).

Quanto à denominação da nova companhia, Condom disse que não  há nenhuma decisão. "Mas posso dizer que temos muito orgulho do nosso nome", disse. "A decisão será tomada no momento do fechamento do contrato". POR POR VINICIUS GALERA Leia mais em revistagloborural 19/09/2017

20 setembro 2017



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