09 novembro 2017

Operações de IPO captam R$ 14,2 bilhões em 2017

A forte expansão de operações de abertura de capital em 2017 em relação ao ano passado mostra uma confiança maior por parte dos investidores no cenário econômico e produtivo futuro, considera Alberto Fernandes, vicepresidente do Itaú BBA. Na visão do executivo, "a demanda atual pelas ofertas iniciais de ações reflete uma aposta em empresas menos conhecidas, diferentemente dos follow ons [ofertas subsequentes], que são realizados por companhias já consolidadas na bolsa".

Entre janeiro e outubro de 2017, o volume financeiro obtido nas aberturas de capital e ofertas subsequentes de ações cresceu mais de três vezes em relação ao registrado no mesmo período de 2016, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capital (Anbima).

O total captado chegou a R$ 31,2 bilhões e já é maior que os volumes fechados de todos os anos desde 2010, quando as emissões no segmento de renda variável se situaram um pouco acima dos R$ 29 bilhões, até então maior nível anual ao longo do período.

Mas, se em 2016 houve apenas um IPO, a sigla em inglês para designar a estreia de uma companhia na bolsa, neste ano até outubro as aberturas de capital já somam oito operações, que movimentaram um volume de R$ 14,2 bilhões. Já com os follow ons foram levantados no período R$ 17 bilhões em 13 operações.

De acordo com Carlos Rocca, do Cemec, "fica evidente que o maior pico de IPOs entre 2006, 2007 e 2008 coincide com o menor custo de capital próprio, que é a taxa de retorno exigida pelo investidor para comprar uma ação". Em 2007, por exemplo, foram realizadas 76 operações de abertura de capital e ofertas subsequentes que geraram um volume de R$ 70 bilhões.

O pesquisador explica que em 2017 esse custo também começa a cair e tem impulsionado o acesso às ofertas primárias de ações. Segundo Rocca, a demanda pela captação por meio de renda variável também se relaciona à queda do custo de oportunidade. "Uma renda fixa com prêmio muito elevado trabalhava contra os investimentos das empresas nos negócios." Para o economista Vitor Velho, da consultoria LCA, com acesso limitado ao crédito subsidiado do BNDES e a necessidade de "funding" para investimentos "até o fim do ano que vem as empresas vão ter de entrar no mercado via debêntures ou ações e vão ter de entrar pesadamente". Fonte:Valor Econômico Leia mais em portal.nwsnet 09/11/2017

09 novembro 2017



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