07 dezembro 2017

BNDES pode se desfazer de 10% de participações em grandes grupos

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve se desfazer de, pelo menos, 10% das participações que possui em grandes grupos privados. O dinheiro será usado para comprar novas posições, em renda fixa ou variável, em pequenas e médias empresas que têm foco em inovação.

O presidente do banco, Paulo Rabello de Castro, estimou em R$ 60 bilhões o total de participações em grandes empresas. Ressaltou, porém, que o valor varia de acordo com o preço diário das ações.

Segundo o executivo, a transferência do dinheiro das empresas de maior para as de menor porte com viés tecnológico condiz com a atual estratégia do banco. A mudança será gradual, começando com pelo menos 10%, mas podendo alcançar o total das participações. "O céu é o limite", afirmou, após evento promovido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Entre os grandes grupos privados dos quais o banco deve sair está o frigorífico JBS, citado nas delações da Operação Lava Jato.

Como exemplo do modelo de venda, Rabello falou sobre o programa de desinvestimentos da Petrobras. "Só não gosto do nome porque esse é um banco de investimento", brincou. Mas, assim como a estatal do petróleo, ainda vai submeter o projeto de venda dos ativos ao Tribunal de Contas da União (TCU). Só depois lançará as propostas ao mercado, o que deve acontecer no primeiro semestre do ano que vem. A intenção é se desfazer de uma só vez de um bloco de ações. "Pode ser a venda de (uma participação em) uma companhia de uma vez só, mediante leilão", disse Rabello, destacando, no entanto, que o modelo de venda ainda não está definido. Estadão Conteúdo Leia mais em dci 07/12/2017

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BNDESpar pode vender ações da JBS e de outras empresas em carteira, diz presidente do BNDES

O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, disse nesta quinta-feira que o banco pode vender ao menos 10 por cento da carteira do braço de participações BNDESpar, incluindo parte do que detém na empresa de proteína animal JBS.

Segundo ele, a venda de parte da carteira de ações do banco começará em 2018 e o desinvestimento será feito ao longo do tempo. Rabello de Castro afirmou que o objetivo é reduzir a participação do BNDESpar em grandes conglomerados e investir mais em empresas de menor porte e ligadas a novas tecnologias.

"Com certeza, qualquer ação na nossa carteira tem um grau de comercialização e essa (da JBS) é comercializável. Essa é uma das possibilidades", disse. "Será um processo gradual...vamos sair daquelas participações onde já estamos mais maduros", disse o presidente do banco de fomento.

Castro estimou que a carteira do BNDESpar soma cerca de 60 bilhões de reais. Na JBS, o braço de participações do banco detém 21,3 por cento das ações.

"Nas décadas anteriores, o acesso a capitais no Brasil e exterior não estavam maduros, mas hoje os grandes conglomerados estão mais capacitados para irem ao mercado de capitais. O banco vai recuar e avançar em outros campos", disse Castro.

Com a venda das participações, o banco pretende se financiar para futuras liberações ou para novas participações em empresas de menor porte ou em aplicações em renda fixa, afirmou o presidente do BNDES. (Por Rodrigo Viga Gaier) Reuters Leia mais em dci 07/12/2017

07 dezembro 2017



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