15 fevereiro 2018

Prazo para ofertas por TAG, da Petrobras, é fim de março, dizem fontes

Consórcios liderados por Macquarie Group, Engie e Mubadala Development estariam preparando suas ofertas

A estatal brasileira Petrobras estabeleceu um prazo até o fim de março para receber propostas vinculantes para uma participação controladora na rede de gasodutos da Transportadora Associada de Gás (TAG), disseram três pessoas com conhecimento do tema.

Consórcios liderados pelo australiano Macquarie Group, a francesa Engie e o fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos Mubadala Development estão preparando suas ofertas, acrescentaram as fontes, pedindo anonimato porque as negociações são privadas.

Os três grupos entregaram propostas não vinculantes em dezembro para uma participação de 90 por cento na TAG, reportou a Reuters.

Os consórcios estão em negociações com bancos para discutir financiamento, acrescentaram as fontes, dizendo que as ofertas dos grupos podem superar US$ 7 bilhões, o que tornaria a TAG um dos maiores desinvestimentos da Petrobras.

Petrobras, Engie e Mubadala não comentaram imediatamente sobre o tema. O Macquarie não quis comentar.

A Petrobras se comprometeu com um plano de desinvestimentos de dois anos de US$ 21 bilhões para reduzir sua dívida, que está em US$ 91 milhões e é a maior entre grandes petroleiras, segundo dados da Thomson Reuters.

A TAG possui 4.500 quilômetros de gasodutos no nordeste do Brasil.

Para cumprir com as regras acertadas com o Tribunal de Contas da União, a Petrobras pode escolher até dois dos três licitantes para uma rodada final, caso as propostas principais sejam muito próximas em valor ou pode escolher um vencedor imediatamente, acrescentaram as fontes.

Os consórcios não podem mudar seus componentes antes da rodada final da transação, segundo as fontes.

O Macquarie, maior gestor mundial de fundos de infraestrutura, juntou-se ao Canada Pension Plan Investment Board, conhecido como CPPIB, o fundo de riqueza soberano de Cingapura GIC e duas empresas brasileiras de investimentos.

A Mubadala se juntou à EIG Global Energy Partners. Não está claro se a empresa francesa Engie possui parceiros.

Bancos têm estado dispostos a financiar as ofertas, acrescentou uma das fontes, considerando as taxas de juros brasileiras em mínimas recordes e a natureza muito estável do negócio de gasodutos.

Os bancos também estão otimistas sobre perspectivas de crescimento após os primeiros resultados obtidos pela canadense Brookfield Asset Management, líder de um grupo que pagou US$ 5,2 bilhões no ano passado por uma outra unidade de gasodutos vendida pela Petrobras, a Nova Transportadora do Sudeste (NTS).

Segundo declarações financeiras submetidas por um dos acionistas da NTS, a companhia obteve receita líquida de R$ 1,3 bilhão durante os primeiros nove meses de 2017. (Por Tatiana Bautzer e Carolina Mandl) Reuters Leia mais em, epocanegocios 15/02/2018


15 fevereiro 2018



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