17 maio 2018

Gigante chinesa do lítio adquire 24% da chilena SQM por US$ 4 bi

O mercado de lítio

A gigante chinesa do lítio Tianqi chegou a um acordo para comprar da canadense Nutrien 24% das ações da chilena SQM, que explora um dos maiores depósitos de lítio do mundo, anunciaram as empresas nesta quinta-feira (17).

O acordo entre a canadense Nutrien, que opera no setor dos fertilizantes, e a Tianqi Lithium prevê um desembolso da empresa chinesa de 4,066 bilhões de dólares, que será financiado com fundos próprios e créditos, segundo a nota.

A Nutrien ainda vai conservar o equivalente a 7% da companhia chilena, os quais "planeja vender no momento certo".

O lítio é um metal utilizado na fabricação de baterias - especialmente nas de celulares e carros elétricos. A China é um dos maiores mercados mundiais para este tipo de veículo.

"Estamos entusiasmados em fazer parte do desenvolvimento presente e futuro da indústria do lítio do Chile", afirmou a presidente da Tianqi Lithium, Vivian Wu, no comunicado.

As empresas esperam concretizar o acordo no quarto trimestre de 2018.

"Uma vez que a transação se materializar, a Tianqi Lithium chegará a uma posição não controladora na SQM", garante o comunicado da empresa, que tenta dissipar temores surgidos no Chile sobre o poder que ela teria no interior da SQM, uma das joias da coroa da mineração chilena.

A Sociedade Química e Mineiradora do Chile (SQM) explora com a americana Albemarle o mais rico depósito de lítio do mundo, o salar do Atacama, no norte do Chile.

Quando o acordo - esperado há meses - foi confirmado, das ações da SQM na Bolsa de Santiago se mantiveram estáveis (+0,02%).

"É uma notícia importante, embora amplamente esperada. O interessa da empresa Tianqi para entrar na SQM foi o mais consistente em relação a outros interessados, superando uma longa série de episódios que geraram grande incerteza", disse à AFP o analista da consultoria Plusmining, Juan Carlos Guajardo.

Nascida da fusão entre Agrium e Potash Corp, a Nutrien tinha que vender o pacote acionário na SQM por imposição dos reguladores da livre-concorrência, para sua fusão ser aprovada. Leia mais em yahoo 17/05/2018

17 maio 2018



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